Classificação: +14
Categoria: Song Fic
Gênero: Ação, Drama, Death Fic
Avisos: Violência, Palavreado Improprio.
Capítulos: OneShot (753 palavras)
Panda Hero!Em algum momento depois de uma grande catástrofe que ninguém mais se importa de lembrar as cidades que antes eram grandes centros comerciais, hoje já não passam de sucata, eu cresci em um resto de cidade, onde não se tem nada, onde até a lei foge do censo comum. As crianças correm pelas ruas em meio ao trafico e ao vicio, ninguém possui uma face muito boa aqui e o mesmo vale por suas roupas. Se você tiver um problema não tem pra onde fugir, só basta tentar e se ver preso entre um beco e seus futuros assassinos. Eu sei bem o que é isso, mas na época eu não pude fazer nada a não ser correr.
Quando você vê que vai perder tudo o que nunca teve começa a correr com seus pés para o mais longe que puder e por mais que consiga correr aqueles ceifadores malditos estão sempre atrás de você com suas sementes prateadas querendo te acertar, e por sorte esses filhos da mãe possuem uma mira horrível. Chega uma hora que seus pés não querem mais se mover e seu corpo começa a se entregar.
O que um simples canivete pode fazer contra armas?
Nada! Mas as balas uma hora acabam e a perseguição continua enquanto sua inútil vontade de viver essa vida miserável e sem sentido prevalece a única certeza é que seus pés não vão parar.
Se você dobrar uma certa esquina perto da rede de energia talvez sentada sobre um monte de sucata ouvindo um velho radio que só produz estática, você encontrará alguém, não se assuste, pois é provável que não te acerte de primeira com seu taco de baseball e se tiver sorte pode dar um jeito nós seus perseguidores. É claro se você confiar no senso de alguém que cresceu no meio do Lixo que é está ex-cidade.
Caso por meio dos autos queira saber o que foi a causa de minha injusta perseguição, vou lhes afirmar: Não faço a remota idéia do que se trata. Não é fácil lembrar de algo quando a fumaça de um cigarro lhe impreguina os pulmões levando as toxinas ao cérebro.
Não é bom ficar sozinho nessa cidade e por mais covarde que pareça me agarrei a ele, mas é fácil se agarrar a alguém que simplesmente não se importa com você. Sentado o dia inteiro em um monte de lixo jogando jogos eletrônicos e brincando com andróides que cantam musicas de amor e de morte no mesmo tom. Era como se meu herói de olhos roxos, ora por olheiras ora por machucados, fosse impassivo perante tudo que o rodeava, com sua vida alheia aos problemas que cercavam o resto dos ratos que moravam por ali.
Viciado em jogos e em drogas ele era só alguém como qualquer um ali, jogando com seu taco de baseball os restos de velhos aparelhos telefônicos contra a rede de fios perto que se encontrava ao seu lado, gritando blasfêmias e palavrões ele simplesmente me ignorava enquanto eu continuava indo até lá.
Um herói não é nada sem que salve pessoas e lá estavam elas sumindo uma após a outra, pra onde iam eu não sei, mas logo aquele inferno de lixo e gente, virou só um monte de lixo. Ninguém some da noite pro dia, e por mais que eu andasse por aquelas ruelas imundas não podia encontrar nem um velho traficante, até os gatos sumiram, os poucos que restavam miavam baixo com medo da própria sombra. Eu voltei ao beco de onde tinha tudo começado, olhando pra o meu salvador, que já me dava no saco, gritei:
— Que porra você pretende fazer!?
Ele não respondeu, só ergueu os olhos da tela que tinha em sua frente se levantou e jogou o Notebook que tinha nas mãos para trás fazendo um monte de entulho rolar pra a base da montanha, pela primeira vez ele desligou o radioamador que só produzia estática, com seu taco de baseball apoiado sobre o ombro ele escorregou pela pilha de lixo.
No começo do beco eu pude ouvir passos eram entre cinco pessoas andando com armas em punho, nosso Herói Panda caminhou até elas enquanto eu em minha covardia me escondia atrás do lixo, eu sabia era tarde demais. O Herói correu de braços abertos e passos confiantes pra seu destino, os homens de arma em punho dispararam seus dardos do destino acertando nosso herói que caído ao chão ainda mantinha o taco de alumínio na mão.
Quando a mim? Eu não sou nada mais do que um pedaço de lixo.